Quatro entre 10 consumidores têm hábito de fazer aplicações financeiras

28 de novembro de 2012

Conclusão é de pesquisa encomendada pela CNDL e SPC Brasil à UFMG.
Daqueles que fazem aplicações, maioria opta pela caderneta de
poupança.

Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)
revela que quatro em cada dez consumidores (39%) têm hábito de fazer aplicações
financeiras periódicas. O estudo, conduzido pela Universidade Federal de Minas
Gerais, ouviu 623 consumidores das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal
em outubro deste ano.

De acordo com o levantamento, 27% dos consumidores
que informaram fazer aplicações financeiras regularmente optaram pela caderneta
de poupança, ao mesmo tempo em que 5% preferiram outros tipos de investimento,
como títulos de capitalização e CDBs, entre outros, e 7% informaram aplicar
tanto na poupança quanto em outros investimentos.

Para o economista do
SPC Brasil, Brasil Nelson Barrizzelli, a preferência pela caderneta de poupança
se deve principalmente à segurança que este tipo de investimento oferece ao
aplicador. “Tem garantia do governo, não incide no Imposto de Renda e não cobra
encargos sobre operações financeiras”, explicou. Na avaliação do especialista, a
poupança tem sido mais utilizada por pessoas que querem reservar uma determinada
quantia para ser prontamente acessada em situações emergenciais.

Já os
CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) são títulos de renda fixa que exigem
um volume mínimo de recursos do aplicador, razão pela qual pessoas pertencentes
às classes AB tenham mais acesso a esse tipo de aplicação, informou a CNDL e o
SPC Brasil. O estudo mostra que o percentual daqueles que fazem este tipo de
aplicação nas classes CD é de 4%. Já nas classes AB, o número sobe para 22% dos
entrevistados.

Na avaliação do SPC Brasil, o país tem “propensão natural
para consumir”. “A renda e os instrumentos de crédito se tornaram mais
acessíveis nos últimos anos, permitindo que um número significativo de famílias
entrasse no mercado de consumo. No entanto, o estudo apontou de modo geral que,
apesar do crescimento do consumo e do endividamento ocorrido nos últimos cinco
anos, quase metade da população brasileira tem reservado algum recurso para
situações emergenciais”, concluiu.

* G1 Economia