Mantega Anuncia Aumento de 80% no Volume de Crédito – Haverá Desaceleração, mas Taxa de Crescimento se Manterá Positiva

27 de novembro de 2008

Em entrevista coletiva,  após a reunião ministerial na Granja do Torto na segunda-feira 24/11, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o volume de crédito no Brasil aumentou 80% neste mês, em relação a outubro, apesar de a economia interna ainda apresentar problemas com o crédito para exportação e os bancos pequenos e médios ainda não terem voltado a oferecer linhas de financiamento. 


Ele disse que o governo está atento aos impactos setoriais que possam ocorrer diante da falta de crédito. Mantega lembrou as medidas já adotadas para os segmentos agrícola, automobilístico e de construção civil, que dependem do crédito e são altamente empregadores. 


O ministro reafirmou a intenção do governo de negociar com os Estados a prorrogação do pagamento do Simples Nacional. “Eu conversei com o governador Serra e ele concordou com a medida e na quinta-feira convidei os governadores do Nordeste para falar da reforma tributária. Vou aproveitar para falar dessa questão”, disse. Ele irá consultar os outros governadores até quinta-feira (27) por telefone. 


Guido Mantega disse ainda que o governo está tomando medidas anticíclicas para evitar que o país entre em recessão e mantenha uma taxa de crescimento de pelo menos 4% do PIB. O ministro defende a redução de impostos, como já foi feito com o IOF, para manter esse patamar. 


Ele disse mais uma vez que a situação do Brasil diante da crise internacional está sob controle. Conforme relatou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou na reunião ministerial a menor vulnerabilidade do Brasil no enfrentamento da crise na comparação com outros países. 


Mantega também destacou que, depois do balanço de hoje apresentado por cada ministro, o presidente Lula está confiante que o Brasil está preparado manter uma trajetória positva de crescimento econômico. 


Na opinião do ministro da Fazenda, o Brasil enfrenta momento crítico, mas continua um país sólido e tem condições de minimizar os possíveis prejuízos. “Teremos uma desaceleração do crescimento, porém mantendo taxas positivas, maiores do que aquelas que alguns estão falando de 1%, 2%, 2,5%.


O governo tomará as medidas necessárias, tanto do ponto de vista monetário como fiscal para que nós possamos atingir a meta de crescimento de 4% em 2009”, disse
FONTE:MINISTÉRIO DA FAZENDA