Imposto de renda: Dilma dá sinais de que poderá corrigir tabela

26 de janeiro de 2011



Presidente pede simulação do impacto dessa medida ao ministro da Fazenda.


A presidente Dilma Rousseff pediu ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, simulações sobre o custo caso seja decidido por correção da tabela de recolhimentos do Imposto de Renda ainda neste ano. Dilma quer esses dados em mãos para a reunião de hoje com as centrais sindicais.


Dilma também encomendou cálculo sobre o impacto nas contas públicas de um novo aumento no salário mínimo, apesar de haver sacramentado, na reunião ministerial há duas semanas, que o valor ficaria mesmo em R$ 545.


O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, diz que a presidente quer ouvir as centrais para então formular proposta.


A tabela do IR não foi corrigida de 2010 para 2011 e as centrais defendem reajuste de 6,46%. A reivindicação será apresentada com a elevação do mínimo para R$ 580 e o reajuste das aposentadorias acima do mínimo em 10%.


“É um absurdo não corrigir a tabela, porque a maioria das categorias teve aumento real que vai ser comido pela Receita”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos. “Para mim, isso é apropriação indébita.”


Se a tabela for corrigida, a Receita Federal deixará de arrecadar cerca de R$ 5,75 bilhões, segundo informou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, deputado pelo PDT paulista. A conta foi feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Já a elevação do mínimo a R$ 580 geraria um gasto extra de aproximadamente R$ 12 bilhões.


* A Notícia