Economia: Ministro da Fazenda Traça Cenário Positivo da Economia em Meio à Crise Mundial

1 de junho de 2009



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, traçou um cenário favorável para a economia brasileira em meio à crise financeira mundial. Em audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Econômicos (CAE), de Serviços de Infra-Estrutura (CI); de Assuntos Sociais (CAS); e de Acompanhamento da Crise Financeira e de Empregabilidade, nesta quinta-feira (28), Mantega creditou a recuperação gradual da economia interna às políticas públicas para aumento da oferta de crédito e redução da taxa de juros básica (Selic) e de tributos incidentes sobre a produção industrial.


O crescimento de 5,1% alcançado pela economia brasileira em 2008 impediu, segundo afirmou, que o país entrasse em recessão. Apesar do desempenho econômico fraco no primeiro trimestre de 2009, Mantega observou que o Brasil passou a atrair um fluxo maior de capitais estrangeiros e experimentou um crescimento superior a 7% na massa salarial entre abril de 2008 e abril de 2009, além da queda gradual na relação dívida pública bruta/PIB (Produto Interno Bruto) de 60% em 2008 para 57% em 2009.


O fato de as exportações só participarem com 13% do PIB também teria contribuído, conforme acrescentou, para amortecer os efeitos da crise mundial sobre a economia brasileira, que depende mais do mercado interno. Essa blindagem também teria sido reforçada pelo “bom” desempenho fiscal das contas púbicas, pela “solidez” do sistema financeiro brasileiro e pela manutenção de um volume significativo de reservas internacionais, da ordem de US$ 205 bilhões.


– Os novos protagonistas no cenário internacional são os países emergentes -o Brasil entre eles -, que apresentam dinamismo econômico maior, contas públicas e externas mais equilibradas, recursos naturais abundantes e modernizaram sua estrutura produtiva – comentou.


Em relação à oferta de crédito, o ministro da Fazenda defendeu sua ampliação para a pessoa jurídica, que amarga ainda taxa de spread bem mais elevada que a cobrada da pessoa física. Segundo admitiu, esse é um problema crônico na economia brasileira, agravado pela crise financeira mundial.


 



Fonte: Agência Senado