Dilma amplia setores com isenção em tributo da folha de pagamento

13 de setembro de 2012

Redução nos tributos, que abrange 15 setores, deve atingir pelo menos
outros 10 até o fim do ano. Devem ser incluídos carne suína e de aves,
medicamentos, pedras, transporte de carga, remédios, pesca e
pneus.

O governo anuncia hoje a inclusão de novos setores que
deixarão de pagar 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento
e passar a recolher entre 1% e 2% sobre o faturamento.

O objetivo é
reduzir custos das empresas para combater o desaquecimento da economia e manter
o emprego.

Além dos 15 setores inicialmente previstos na MP 563, que será
assinada hoje, há cerca de 10 incluídos pelo Congresso e pelo menos mais 2 que o
governo quer incluir por meio de nova MP.

Os 15 setores iniciais
acarretavam uma renúncia fiscal neste ano de R$ 4,3 bilhões e R$ 7,2 bilhões em
2013.

Quatro já contavam com o novo esquema desde o início do ano e
tiveram suas alíquotas reduzidas a partir de agosto último: confecções; couro e
calçados; tecnologia da informação e call center.

Os demais 11 começaram
a ser beneficiados em agosto -têxtil, móveis, plásticos, material elétrico,
autopeças, ônibus, naval, aéreo, máquinas e equipamentos mecânicos, hotéis e
design house (chips).

Entre os setores incluídos pelo Congresso e que
devem ser aprovados estão: transporte de carga (rodoviário, marítimo e aéreo);
fabricação de brinquedos, fornecedores de rochas ornamentais (granitos e
mármores); agroindústria (suíno e avicultura) e medicamentos. Eles só vão contar
com o novo sistema de cobrança no final do ano.

Em evento ontem do setor,
empresários da área de aviação comemoravam porque, segundo eles, todo o
segmento, e não apenas o de carga, foi incluído na desoneração.

O governo
pode ainda editar uma nova MP estendendo o benefício a outras áreas, como
indústria da pesca e um segmento da fabricação de pneus, que ficaram de fora da
medida provisória 563.

Além da desoneração da folha, o governo cortou
tributos de alguns setores e reduziu a tarifa de energia elétrica.

O
objetivo é reativar o ritmo da economia brasileira, que neste ano deve crescer
menos que 2% -abaixo dos 2,7% do ano passado.

Setores com
isençao em folha

Deixarão de pagar 20% de contribuição
previdenciária

1. Tranporte de cargas

2. Fabricação de
brinquedos

3. Fornecedores de rochas ornamentais

4. Agroindústria

5. Medicamentos

Setores já
beneficiados:
Confecções, calçados, tecnologia da informação, call
center, têxtil, móveis, plásticos, material elétrico, autopeças, ônibus, naval,
aéreo, equipamentos mecânicos, hotéis e design house (chips)

* Folha
de S.Paulo