Celesc justifica o aumento da tarifa

6 de agosto de 2010

Encargos que a empresa tem de pagar foram os grandes vilões

Grande parte do que você vai pagar a mais na conta de luz, a partir
de amanhã, servirá para garantir a energia elétrica em comunidades
isoladas, principalmente no Norte do País. O subsídio à operação de
usinas não-conectadas ao sistema elétrico nacional foi um dos maiores
impactos no reajuste da tarifa da Celesc Distribuição S/A, que será de
9,85% este ano, em média.

A estatal apresentou ontem os detalhes da composição de custos para o
cálculo do aumento aprovado pela Aneel. Os chamados encargos setoriais –
que incluem os subsídios – representam 46,7% dos custos
não-gerenciáveis da Celesc, ou seja, do que ela é obrigada a pagar.

Entre os encargos setoriais, o mais representativo em valores foi a
conta de consumo de combustíveis (CCC), que aumentou 125%, de R$ 111
milhões para R$ 250 milhões. É a CCC que custeia a operação das usinas
não-interligadas ao sistema brasileiro, por estarem em áreas de difícil
acesso. Os encargos também incluem recursos para o Proinfa (programa que
estimula a geração de energias alternativas renováveis, como a eólica),
pesquisa e desenvolvimento, programas sociais, energia em áreas rurais,
entre outros itens.

A compra de energia das distribuidoras representou o segundo maior
impacto no aumento, com 35,5% de participação no total dos custos
não-gerenciáveis.

* A Notícia