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Mercado projeta queda maior na taxa de juros para este ano

27/02/2009

SÃO PAULO - Pela segunda semana consecutiva o mercado financeiro do País reduziu as estimativas para a inflação e para taxa de juros neste ano. O Boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central, mostrou que a projeção para a Selic de 2009, que era de 10,50% na semana anterior, caiu para 10,38% - se confirmada, será a menor taxa da história do Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, os economistas consultados pelo levantamento veem uma alta de 4,66%, abaixo dos 4,69% registrados no relatório anterior. A estimativa para a inflação em 2010 se manteve em 4,5% - mesmo índice apurado há quatro semanas.

"A partir do momento que o mercado tem a percepção de que a fragilidade da economia é maior do que a esperada, a expectativa é de que a taxa básica de juros continue caindo", observou Fabio Silveira, da RC Consultores. Segundo ele, em um cenário de desaceleração do nível de investimento e de ausência de pressão inflacionária, o mercado já projeta fechar o ano com a Selic em 10%.

Para 2010, os analistas ouvidos pelo Banco Central preveem também um declínio da taxa de 10,50%, da semana anterior, para 10,75%. "A ideia é que a Selic estava defasada. Agora ela está caindo, mas não acho que vai reduzir muito mais", disse Andrew Storfer, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). O Copom volta a se reunir em março, quando analistas do mercado esperam por uma queda dos atuais 12,75% para 11,75%.

Storfer avalia que quanto maior a piora na expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de aumento do desemprego e queda da arrecadação, a redução da Selic fica mais propensa, porém, o quadro de queda da taxa de juros ainda não está claro. "A expectativa de inflação não existe, mas o governo tem necessidade de financiar seu déficit nominal e colocar título público a venda não está tão fácil, os investidores estão optando pelos títulos pré-fixados", contou.

Segundo o vice-presidente da Anefac, o governo tem, teoricamente, três saídas para se financiar: "aumentar tributos, o que não parece razoável nesse momento; emitir moedas, que é uma medida inflacionária e colocar títulos públicos no mercado", disse. Storfer recomenda que sejam aguardados outros resultados da economia (que devem divulgados até o final de março) para se ter uma noção mais clara dos desdobramentos da Selic. "Com a propensão de uma crise prolongada - diziam que a reação começaria no segundo semestre de 2009, agora dizem que o mundo começa a se recuperar em 2011- o governo não poderá queimar reserva, ele vai ter que buscar dinheiro de fora para financiar o déficit nominal", disse.

Para o crescimento econômico, o Boletim manteve o prognóstico do relatório da semana anterior, com o PIB em 2009 de 1,5% e para 2010 a projeção de 3,6% - há quatro semanas a projeção de crescimento era de 2% para este ano. "A partir de agora, o PIB deve se estabilizar, não acho que vá muito mais baixo do que isso", completou. Para Silveira, no entanto, o mercado indica fechar o ano com o PIB de 1%.

A expectativa para o IPCA, que serve como meta para o BC, caindo de 4,69% para 4,66%, se aproxima ainda mais do centro da meta de inflação, que é 4,5%. Na previsão para 2010, ele se manteve em 4,5%. Para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) a queda foi de 4,57% para 4,55% este ano. Já o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) passou de 4,25% para 4,24% e o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) também permaneceu em 4,50%.

Para o dólar, a projeção para o fim de 2009 se manteve em R$ 2,30. Para 2010, caiu de R$ 2,28 para R$ 2,27. "O câmbio poderá trazer surpresas ainda e fechar o ano a R$ 2,20 ou R$ 2,15", afirmou Storfer. A expectativa para a balança comercial caiu de US$ 14 bilhões para US$ 13,6 bilhões. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano ficou em US$ 25 bilhões. A estimativa de investimentos estrangeiros diretos se manteve em US$ 23 bilhões. De um modo geral, o mercado continua mostrando um otimismo moderado para este ano.

Fonte: DCI


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